Friday 31 May 2013

Raimundo José - 1977

Fotonovelas com histórias românticas eram muito populares nos anos 1960s. Era uma moda que começou na Itália, ficando popular no Brasil devido, principalmente à Editora Abril, que comprava os copyrights das principais publicações da Península, traduzia os balõezinhos do italiano para o português e vendia revistas como Capricho e Ilusão às centenas de milhares. 'Grande Hotel' não era da Abril, mas vendia muito bem. 

O Brasil produzia poucas fotonovelas, sendo a revista Sétimo Céu, a única exceção. No final da década de 1960, a revista Melodias resolveu produzir suas próprias fotonovelas tendo como atores cantores e cantoras famosos entre nós. As fotonovelas da Melodias eram bem mais curtas e com enredos mais simples que as italianas, mas mesmo assim tinham um charme todo especial. Aqui vai uma baseada em história original de Fred Jorge, estrelada pelos cantores Djalma Lúcio, Buby e Raymundo José, tendo participação especial de Paulo Hayashi e do cantor Nelson Ned.  




leia mais sobre fotonovelas: http://culturapauferrense.blogspot.com.br/2013/01/fotonovelas.html


Thursday 23 May 2013

Noriel Vilela e Raimundo José

Noriel Vilela de Arantes, ou Noriel Vilela, mas tratado de Nonô em casa, nasceu no Rio de Janeiro, bairro de Lins de Vasconcelos-DF. Foi torneiro mecânico na Cia. Propac. Começou no programa de calouros do Ary Barroso. Tinha 1,83 de altura sendo o baixo do conjunto vocal Nilo Amaro & Seus Cantores de Ébano, que gravou vários albuns para a Odeon, tendo levado 'Ô leva eu, sodade' (1961) e 'Uirapurú' (1963) ao 1o. lugar absoluto da parada de sucesso. 

Em 1968, Noriel gravou um compacto-simples para a Copacabana que foi direto para o 1o. lugar: 'Só o ôme', o que lhe deu notoriedade suficiente para gravar LPs, entre os quais 'Eis o ôme'!

Noriel faleceu em 1974, vitima de uma reação alérgica a anestesia que seu dentista lhe aplicou.  



Só o ôme

Ah, mô fio do jeito que suncê tá
só u ôme é que pode ti ajudá
ah, mô fio do jeito que suncê tá
só u ôme é que pode ti ajudá

Suncê compra um garrafa de marafo
marafo que eu vai dizê o nome
meia-noite, suncê na icruziada
distampa a garrafa e chama u ôme
u galo vai cantá, suncê escuta
rêia tudo no chão que tá na hora
e se guarda-noturno vem chegando
suncê óia p'a ele, que ele vai andando

Ah, mô fio do jeito que suncê tá
só u ôme é que pode ti ajudá
ah, mô fio do jeito que suncê tá
só u ôme é que pode ti ajudá

Eu estou ensinando isso a suncê
mas suncê num tem sido muito bão
tem sido mau fio, mau marido
inda puxa-saco di patrão
Fez candonga di cumpanheiro seu
ele botou feitiço em suncê
agora só u ôme à meia-noite
é que seu caso pode resolvê.


canta: Noriel Vilela
musica e letra: Edenal Rodrigues




SANTO FORTE 

Não mexe comigo que eu ponho o seu nome lá no meu terreiro
eu sou macumbeiro, le rê, eu sou macumbeiro, le rê

Mas não mexe comigo que eu ponho o seu nome lá no meu terreiro
eu sou macumbeiro, le rê, eu sou macumbeiro, le rê

Meu santo é muito forte
caboclo do norte que só faz o bem
só quer ajudar, não faz mal p'ra ninguém
é flexa encarnada, a mãe santa me deu

Mas não mexe comigo
não fica zombando, dizendo que é papo
que amarro seu nome na boca do sapo
você nunca mais vai zombar de ninguém, le rê.


canta: Raimundo José 
musica e letra: Claudio Fontana e Tião da Vila





Raymundo José adolescente em B.H.